sexta-feira, 25 de julho de 2008

Será que agora sai?

Brasil aceita nova proposta para Rodada de Doha
Márcia Bizzoto - Enviada especial da BBC Brasil a Genebra

A nova proposta que o diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), Pascal Lamy, apresentou nesta sexta-feira para tentar salvar as negociações da Rodada Doha é “aceitável” para o Brasil, afirmou o chanceler Celso Amorim.

“O primeiro país a dizer que é aceitável o papel do Lamy como um pacote - e sempre que seja um pacote porque, se mudar uma vírgula, acabou - foi o Brasil”, disse o ministro nesta sexta-feira, ao deixar a sede da OMC, neste quinto dia de reuniões.

“Houve uma convergência para alguns números, que são os números centrais do acordo. Isso envolve tanto produtos agrícolas como produtos industriais. Hoje demos um passo muito importante.”

No entanto, Amorim admitiu que não foi “um passo completo”, porque “um dos membros do G7 não está de acordo com os termos do pacote”.

O chamado G7 é composto por Brasil, Índia, Estados Unidos, China, Austrália, Japão e a União Européia.

O chanceler não quis revelar a qual país se referia, mas diplomatas próximos às negociações comentam que a Índia tem se mostrado inflexível em relação ao chamado mecanismo especial de salvaguarda, que permite a um país voltar a aumentar as tarifas de importação sobre determinado alimento quando o volume das importações puder ameaçar sua indústria interna.

Os termos definidos para a aplicação dessas salvaguardas ainda suscitam dúvidas entre os membros do G33, grupo de países de baixa renda importadores netos de alimentos.

Leia artigo na íntegra: <http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc/story/2008/07/080725_dohafinalsexta.shtml>

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